Mapa das Ações afirmativas no país

Mapa interativo das ações afirmativas nas Universidade públicas do país

O EDUCAFRO (ONG cujo objetivo é é reunir pessoas voluntárias e solidárias que lutam pela inclusão de negros, em especial, e pobres, em geral, nas Universidades Públicas ou Particular com bolsa de estudos, possibilitando seu empoderamento e mobilidade social) lançou essa ferramenta para acompanhamento das Universidades que promovem Ações Afirmativas.

Contribuição de Renato de Alcantara

sábado, 15 de setembro de 2012

PRECONCEITUOSOS?


Quando nos perguntam se somos preconceituosos a maioria de nós responde que não. Mas ao nos depararmos com alguma atitude ou situação costumamos “torcer o nariz” para muitas coisas. Mas o que significa esse termo? Segundo uma rápida pesquisa: Wikipédia: Preconceito é um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, racial e sexual.
A Convenção Internacional para a Eliminação de todas as Normas de Discriminação Racial da ONU, em seu artigo primeiro diz que a discriminação social “significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e/ou exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública."
O termo raça tem aparecido em tantos contextos diferentes e até hoje não tem um significado exatamente claro. São tantas as definições, mas prefiro dizer que raça só existe uma: raça humana. No entanto o termo tem sido utilizado para identificar pessoas pertencentes a determinado grupo, tendo os mesmos ancestrais e participando de mesmas crenças ou valores, mesma linguagem ou cultura, podendo assim caracterizar o preconceito racial como uma convicção da existência de indivíduos com características físicas hereditárias, determinados traços de caráter e inteligência e manifestações culturais superiores a outros pertencentes a etnias diferentes. O preconceito racial, ou racismo, é uma violação aos direitos humanos, visto que fora utilizado para justificar a escravidão, o domínio de alguns povos sobre outros e as atrocidades que ocorreram ao longo da história.
Também ao longo dos séculos foi trabalhado e até institucionalizado o preconceito sexual. Apesar das discussões políticas e acadêmicas sobre igualdade de gênero travadas nas últimas décadas, muitas ideias sexistas ainda permeaim a cultura brasileira e explicam parte das diferenças socias, econômicas, ocupacionais e comportamentais entre os gêneros. O preconceito sexual parte de ideias que privilegiam um gênero sexual em detrimento de outro.
Além desses tipos de preconceitos existem muitos outros.  Vivemos em um país onde as pessoas dizem que não são preconceituosas. Só que, na maioria dos casos, vivenciamos situações nas quais o preconceito é velado. Basta uma frase, um olhar, um sorriso sarcástico… Lá está ele, o preconceito, presente em nossas vidas.
Você alguma vez já pensou ser um ladrão uma pessoa negra ou maltrapilha andando ao seu lado na rua? E uma mulher dirigindo uma carreta, é estranho? Quantas vezes se assustou com um cego ou cadeirante na rua? E um homem como empregado doméstico?
Será que você é preconceituoso (a)?



imagens disponíveis em:cartasciganas.arteblog.com.br;egoscompostosanfipaticos.wordpress.com;
rapnacionaldownload.com.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

As palavras podem mudar todo o sentido de uma história!


Enquanto o negro brasileiro não tiver acesso ao conhecimento
da história de si próprio, a escravidão cultural se
manterá no País.
(João José Reis, 1993, p. 189)


Como os livros didáticos abordam a história da África, dos negros e sua contribuição para a formação da humanidade? E as famílias das crianças que estão nas escolas hoje? Será que entendem e percebem a distorção da história?

Quando se rompe com uma perspectiva essencializada das relações entre
identidade e cultura, decorre que qualquer abordagem sobre as ambigüidades
da identidade negra no Brasil se torna indissociável do entendimento
da experiência da escravidão moderna e de sua herança racializada
espalhada pelo Atlântico [...]. Gilroy aborda este processo [a afirmação
de novas identidades negras] como construção política e histórica
fundada em diferentes trocas culturais (africanas, americanas e européias)
através do Atlântico, desde o tráfico negreiro, na qual a questão das
origens interessa menos que as experiências de fazer face à discriminação
através da construção identitária e da inovação cultural. (Mattos, 2003:
129-130)
MATTOS,HebeMaria (2003). “O ensino de história e a luta contra a discriminação racial no Brasil”.in M Abreu&R. Soihet, Ensino de história: conceitos, temáticas e metodologia. Rio de Janeiro, Casa da Palavra FAPERJ, pp. 127-136.

 Maiores informações disponíveis em:
http://www.scielo.br/pdf/eaa/v25n3/a03v25n3.pdf