Enquanto o negro brasileiro não tiver acesso ao conhecimento
da história de si próprio, a escravidão cultural se
manterá no País.
(João José Reis, 1993, p. 189)
Como os livros didáticos abordam a história da África, dos negros e sua contribuição para a formação da humanidade? E as famílias das crianças que estão nas escolas hoje? Será que entendem e percebem a distorção da história?
Quando se rompe com uma perspectiva essencializada das relações entre
identidade e cultura, decorre que qualquer abordagem sobre as ambigüidades
da identidade negra no Brasil se torna indissociável do entendimento
da experiência da escravidão moderna e de sua herança racializada
espalhada pelo Atlântico [...]. Gilroy aborda este processo [a afirmação
de novas identidades negras] como construção política e histórica
fundada em diferentes trocas culturais (africanas, americanas e européias)
através do Atlântico, desde o tráfico negreiro, na qual a questão das
origens interessa menos que as experiências de fazer face à discriminação
através da construção identitária e da inovação cultural. (Mattos, 2003:
129-130)
MATTOS,HebeMaria (2003). “O ensino de história e a luta contra a discriminação racial no Brasil”.in M Abreu&R. Soihet, Ensino de história: conceitos, temáticas e metodologia. Rio de Janeiro, Casa da Palavra FAPERJ, pp. 127-136.
http://www.scielo.br/pdf/eaa/v25n3/a03v25n3.pdf
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