Mapa das Ações afirmativas no país

Mapa interativo das ações afirmativas nas Universidade públicas do país

O EDUCAFRO (ONG cujo objetivo é é reunir pessoas voluntárias e solidárias que lutam pela inclusão de negros, em especial, e pobres, em geral, nas Universidades Públicas ou Particular com bolsa de estudos, possibilitando seu empoderamento e mobilidade social) lançou essa ferramenta para acompanhamento das Universidades que promovem Ações Afirmativas.

Contribuição de Renato de Alcantara

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Genocídio de meninas

Genocídio de meninas

Qualquer dúvida acerca da importância da valorização da mulher e do seu empoderamento ao se tomar conhecimento de fatos relativos à condição da mulher no mundo contemporâneo como os publicados na reportagem “O genocídio silencioso de meninas”, do Jornal O Globo, edição de 02 de outubro de 2011. A matéria mostra que, conforme dados do último relatório do Banco Mundial (Bird) sobre “Igualdade de Gênero e Desenvolvimento,“ anualmente 1,427 milhão de fetos do sexo feminino são seletivamente abortados e 617 mil meninas morrem antes de alcançar 5 anos por negligência de gênero, ou seja, porque seu pais, diante da pobreza, preferem investir seus parcos recursos na criação de filhos homens. Essa triste realidade está presente no cotidiano de mulheres de países como Índia, China, Sérvia e Azerbaijão.
Sobre essa questão, a diretora do Departamento de Gênero, Direitos Humanos e Cultura do Fundo de População da ONU declara que o problema é antigo e acontece sempre principalmente na Ásia, mas agora está se espalhando pelo Cáucaso. “Temos sociedades com acesso à tecnologia, e algumas delas até mesmo produzindo tecnologia, mas a mentalidade não evolui na mesma rapidez. É como ter um pé na Idade Média e outro no século XIX”, completa.
(contribuição de Rosemary Granja)
3ª conferência regional de políticas para mulheres





Foi realizada no município de Iconha a 3ª conferência regional de políticas públicas para mulheres com o objetivo de melhorar as condições de saúde, educação, trabalho, enfim, dar melhores condições para que a mulher seja reconhecida e valorizada pela sua capacidade.

Por Gélia Cabral Cereza

O município de Vargem Alta/ES destaca-se por atuar em importantes acontecimentos que envolvam temas relacionados a gênero e raça.


RECONHECIMENTO DA LOCALIDADE DE PEDRA BRANCA COMO COMUNIDADE QUILOMBOLA


O município de Vargem Alta originou-se através da Lei n° 4.063, de 6 de maio de 1988 e sua instalação se deu em 1° de janeiro de 1989. Foi no início da colonização portuguesa que se instalaram as fazendas escravocratas na região, mas estas foram desativadas antes do início da imigração italiana no século XIX. Queremos aqui chamar atenção para o que diz respeito à cultura da raça negra em nosso município. Particularmente referente à localidade de Pedra Branca que foi reconhecida pelo Governo Federal como comunidade Quilombola, tendo como peça fundamental a presença da Comissão de Estudos da Cultura Africana e Afra Brasileira de Vargem Alta (CEAFRO VA), coordenada por uma força feminina do nosso município.




<href="http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/02/784798-comunidade+de+vargem+alta+e+reconhecida+como+quilombola.html

http://www.vargemalta.es.gov.br/default.asp" target="_blank">gazetaonline.globo.com</a>

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Eventos sobre Gênero e Raça no município de Vargem Alta

COMISSÃO DE ESTUDOS DA CULTURA AFRICANA EM VARGEM ALTA




A Comissão da Cultura Africana de Vargem Alta (CEAFRO-VA) realizou uma importante Formação Continuada para capacitação de professores do município, tendo como objetivo a inclusão no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade do tema “História e Cultura da África e Afro-Brasileira”, segundo dispõe a Lei 10.639/03.











EVENTO VIVA MULHER



A Secretaria Municipal de Saúde do município de Vargem Alta juntamente com a Coordenação da Estratégia Saúde da Família promoveu um importante evento dedicado às mulheres com o objetivo de enaltecer a Prevenção do Câncer de Colo de Útero e do Câncer de Mama. Dessa forma, o município pretende conscientizar todas as mulheres, principalmente aquelas que não possuem acesso a informações tão necessárias para sua vida.

http://www.vargemalta.es.gov.br/default.asp


Por sub-grupo 3 (Gabriela e Viviane)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O Papel da Educação na Legitimação da Violência Simbólica

O conceito de violência simbólica foi cunhado pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu para se referir a um tipo de violência quase sempre invisível para as próprias vítimas, e que se exerce essencialmente pelas vias puramente simbólicas da comunicação e do conhecimento e não da agressão física.
A raiz da violência simbólica está, em tese, presente nos símbolos e signos culturais, especialmente no reconhecimento tácito da autoridade exercida por certas pessoas e grupos de pessoas. Deste modo, a violência simbólica nem é percebida como violência, mas sim como uma espécie de interdição desenvolvida com base em um respeito que "naturalmente" se exerce de um para outro. 
Ao cotejar o conceito apresentado com o tema do Grupo 2, qual seja, Igualdade de Gênero, Raça/Etnia na Educação Formal, percebe-se que a violência simbólica perpassa o discurso pedagógico, seja na rede pública ou na privada, e se desenvolve através da autoridade dos professores, revestida de  uma roupagem lingüística.
Como exemplo, a atitude professoral que pressupõe o uso legitimado de estratégias punitivas em relação aos alunos (como reprovações e castigos) que não se enquadram nos moldes sociais da instituição escolar. Sob a ótica dos educadores, o professor que literalmente “dá” a sua aula àqueles que querem e os que nada querem ficam alheios a situação passando por alunos indisciplinados, “os que não tem mais jeito”, ou os que têm ”desajustes familiares”, ou ainda “ ele é burro mesmo”, e ao contrário sob a visão desses alunos “esse professor é o bicho”, “ lá vem o Sadan” e assim criam um relacionamento interpessoal que dificulta o processo de ensino/aprendizagem. 
Sendo a educação escolar essencial na formação da sociedade, deve-se garantir que as crianças cresçam sabendo discernir toda a informação recebida. Assim, a escola estará cumprindo sua função de formar cidadãos preparados para transcender o determinismo social e cultural do processo de violência simbólica, construindo uma sociedade cada vez mais livre e igualitária.
Para conhecer melhor as formas de exposição à violência simbólica, conferir o artigo de Nadime L’Apiccirella, em http://cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_20/violenciasimbolo.html e artigo da Pedagoga Francisca Aparecida Baltha Silva, em http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=960

Redação Sub Grupo 2 (Sabrina e Silvana).

domingo, 2 de outubro de 2011

O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE


A mulher, adaptada desde a infância ao ambiente do lar e ao discurso ideológico da submissão, ficou muito tempo restrita à integração na sociedade, ocupando-se em moldar um corpo reprimido numa inteligência aprisionada, interferindo de forma significativa em seus conhecimentos, capacidade de criar ou recriar os conceitos vigentes em sua época. Na década de 80/90 surge o feminismo, movimento feito pelas mulheres a fim de questionar a Constituição voltada para uma sociedade puramente machista, este movimento trouxe para dentro dos partidos políticos, a questão da participação ativa e crítica da mulher. Com o passar do tempo ela veio conquistando seu próprio espaço na sociedade causando certa crise de identidade para os homens, principalmente para os machistas que não aceitam a emancipação da mulher e se perdem em suas próprias atitudes quando percebem que essa emancipação é inevitável e irreversível.
Homem e mulher são seres humanos iguais em dignidade e direitos, e o que as mulheres propõem é simplesmente que a sociedade se estruture em função dessa igualdade, já universalmente declarada, mas ainda não concretizada, pois apesar de sua conquista existem algumas contradições quanto à inserção da mulher no mercado de trabalho, por exemplo. Muitas são trabalhadoras, mas seus salários ainda são menores que os dos homens, independentemente do setor que ocupa e até mesmo do nível de escolaridade. Além disso, a própria escola continua a reforçar os estereótipos sexuais.
De acordo com ROMERO (1995) “o homem torna-se humano, dentro da dimensão de sentido, nos valores que ele cria com base nos quais instaura um sistema de significados”. Sendo assim, vê-se que os processos de simbolização são muito importantes no estudo da cultura corporal. O corpo humano é uma parte muito especial do universo, pois nele habita o próprio indivíduo que percebe o mundo. Transcendendo a simples diversidade anatômica e fisiológica, a percepção do corpo conduz a uma diferenciação de gênero.
Para a mulher trabalhadora, casada e com filhos, a relação de lazer e trabalho torna-se ainda mais complexa por causa da dupla jornada que deve enfrentar (trabalho e tarefas domésticas), sobrando quase nada para o tempo de lazer, “nesse quadro em que ela é um elemento da hierarquia familiar, não há espaço para a mulher indivíduo” (BARROS, citado por ROMERO 1995)
  Nessa perspectiva damos ênfase a palavra sexo restringindo-se à sua definição biológica, sendo que a diferença entre os dois sexos, além dessa definição, refere-se às respectivas representações sociais e culturais. Percebe-se então que por detrás do termo há toda uma maneira de repensar a sociedade. Considerando a noção de cultura num sentido amplo, esta consiste num conjunto global de modos de fazer, ser, interagir e representar que, produzidos socialmente, envolvem os já comentados símbolos que definem o modo pelo qual a vida social se desenvolve. Sua análise implica tanto o produto da atividade humana quanto o processo. Assim cada sociedade particular efetua sobre o corpo uma série de ações que são operacionalizadas com base em técnicas corporais, tais como: posturas, movimentos na alimentação, na higiene, nas práticas sexuais, técnicas esportivas, etc.
           Portanto, é preciso que os desafios, os desejos, a curiosidade, a vontade de resistir, de ousar, distinguem os seres humanos na busca constante pelo desconhecido. Que a mulher na sociedade atual não se contente em apenas adquirir hábitos, mas que se desvincule dos modelos, das culpabilidades, das marcas que a sociedade inscreveu seus corpos, pois esta é cada vez mais um importante personagem na conquista de um novo modo de pensar e agir dos seres humanos, e como diz WALDOW, 1994 ela aponta para “outra alternativa” de ser, de relacionar-se, de conviver, de amar, de fazer a história. O que essas mulheres têm a dizer sobre sua visão de mundo e de transmitir suas experiências e saberes atuando por mudanças criativas que se impõem no presente e no futuro?

WALDOW, Vera Regina. A mulher na atualidade.  A terceira idade. Vl5, nº8, ed. SESC, São Paulo, junho de 1994, págs 17 a 24
ROMERO, Elaine. Corpo, mulher e sociedade(org). Campinas,SP: Papirus,1995.
     Políticas públicas e gênero. In: Curso de formação em gestão de políticas públicas em gênero e raça/ GPP-GeR, Módulo ||, unidade |. 
Por Gélia Cabral Cereza