Mapa das Ações afirmativas no país

Mapa interativo das ações afirmativas nas Universidade públicas do país

O EDUCAFRO (ONG cujo objetivo é é reunir pessoas voluntárias e solidárias que lutam pela inclusão de negros, em especial, e pobres, em geral, nas Universidades Públicas ou Particular com bolsa de estudos, possibilitando seu empoderamento e mobilidade social) lançou essa ferramenta para acompanhamento das Universidades que promovem Ações Afirmativas.

Contribuição de Renato de Alcantara

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O Papel da Educação na Legitimação da Violência Simbólica

O conceito de violência simbólica foi cunhado pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu para se referir a um tipo de violência quase sempre invisível para as próprias vítimas, e que se exerce essencialmente pelas vias puramente simbólicas da comunicação e do conhecimento e não da agressão física.
A raiz da violência simbólica está, em tese, presente nos símbolos e signos culturais, especialmente no reconhecimento tácito da autoridade exercida por certas pessoas e grupos de pessoas. Deste modo, a violência simbólica nem é percebida como violência, mas sim como uma espécie de interdição desenvolvida com base em um respeito que "naturalmente" se exerce de um para outro. 
Ao cotejar o conceito apresentado com o tema do Grupo 2, qual seja, Igualdade de Gênero, Raça/Etnia na Educação Formal, percebe-se que a violência simbólica perpassa o discurso pedagógico, seja na rede pública ou na privada, e se desenvolve através da autoridade dos professores, revestida de  uma roupagem lingüística.
Como exemplo, a atitude professoral que pressupõe o uso legitimado de estratégias punitivas em relação aos alunos (como reprovações e castigos) que não se enquadram nos moldes sociais da instituição escolar. Sob a ótica dos educadores, o professor que literalmente “dá” a sua aula àqueles que querem e os que nada querem ficam alheios a situação passando por alunos indisciplinados, “os que não tem mais jeito”, ou os que têm ”desajustes familiares”, ou ainda “ ele é burro mesmo”, e ao contrário sob a visão desses alunos “esse professor é o bicho”, “ lá vem o Sadan” e assim criam um relacionamento interpessoal que dificulta o processo de ensino/aprendizagem. 
Sendo a educação escolar essencial na formação da sociedade, deve-se garantir que as crianças cresçam sabendo discernir toda a informação recebida. Assim, a escola estará cumprindo sua função de formar cidadãos preparados para transcender o determinismo social e cultural do processo de violência simbólica, construindo uma sociedade cada vez mais livre e igualitária.
Para conhecer melhor as formas de exposição à violência simbólica, conferir o artigo de Nadime L’Apiccirella, em http://cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_20/violenciasimbolo.html e artigo da Pedagoga Francisca Aparecida Baltha Silva, em http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=960

Redação Sub Grupo 2 (Sabrina e Silvana).

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