Mapa das Ações afirmativas no país

Mapa interativo das ações afirmativas nas Universidade públicas do país

O EDUCAFRO (ONG cujo objetivo é é reunir pessoas voluntárias e solidárias que lutam pela inclusão de negros, em especial, e pobres, em geral, nas Universidades Públicas ou Particular com bolsa de estudos, possibilitando seu empoderamento e mobilidade social) lançou essa ferramenta para acompanhamento das Universidades que promovem Ações Afirmativas.

Contribuição de Renato de Alcantara

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Educar e Amar











“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.”
(Nelson Mandela)



O ser humano nasce livre de sentimentos mesquinhos como o ódio pelo o outro e enquanto criança, são capazes de se envolverem entre si em diferentes situação sociais, como, brincadeiras, jogos, festas entre outros, independente de padrão social, cor da pele, religiosidade, etnia, É convivendo em seu meio social  que vai adquirindo comportamentos, desejos, jeito de ser que naturalmente são transmitidos de pai para filho. Sendo assim, se houver convívio com adultos que tenham se contaminado por conceitos pré concebidos fruto da historicidade vivenciada no seu cotidiano social e escolar, que na verdade é uma manobra dos dominadores no intuito de diminuir um determinado grupo, difundido o xenofobismo ou o etnocentrismo entre os povos o ódio pelo outro pode ser  dizimado sim entre os indivíduos.
Um dos terríveis sentimentos de rejeição ao outro é o racismo, que se defini como uma ideologia que busca explicar o comportamento humano pela sua origem racial. Do ponto de vista político, o racismo visa promover a crença da superioridade de uma raça sobre as demais. O ódio e o temor ao outro etnicamente diferente, sempre foram um comportamento da consciência humana.
No século XIX, o racismo foi fortalecido pelo mito do arianismo. Adquirindo uma poderosa dimensão político social. Através da Lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003, que tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira em todos os estabelecimentos de ensino da educação, o Estado Brasileiro debate implantação das políticas de ações afirmativas para a população negra que, embora reivindicadas pelo movimento social negro, compõem o discurso estratégico dos organismos internacionais que defendem a instituição de políticas sociais focalizadas para os mais pobres, entre quais, a população negra se encontra em grande número. Será que a referida Lei tem realmente se efetivada nas instituições escolares? Será que estão oferecendo Formação aos professores para que eles saibam se posicionar com propriedade e justiças nas diferentes situações de racismo nas instituições? Será que está sendo trabalhada adequadamente a Lei com recorte sobre a contribuição africana na construção social e econômica do Brasil? Embora haja, historicamente, ações no sentido de negar o preconceito racial, com o velho discurso que deixa claro o mito da democracia racial, o seu entendimento torna-se um dado necessário para a compreensão das raízes das desigualdades econômicas e sociais da sociedade brasileira. Outro elemento não menos importante é a visão de que a dinâmica da desigualdade racial deve ser entendida com relação à luta de classes, tendo em vista a visão do racismo enquanto subproduto da forma capitalista de organização da sociedade. O racismo é desta maneira, resultado de justificações e classificações ideológicas, com o objetivo de subjugação a exploração da força de trabalho. Estas foram fundamentais para a solidificação do sistema capitalista no mundo.
Na luta pela promoção da igualdade racial várias bandeiras se levantam, e somente com a intervenção dos movimentos sociais que cobram dos órgãos competentes definições efetivas de políticas públicas e de reparação que podemos acreditar que a justiça será feita e que poderemos ter uma sociedade menos preconceituosa onde todos possam viver em igualdade de oportunidades. 


AZEVEDO, Thales de. Democracia Racial: Ideologia e realidade. Petrópolis: Vozes, 1975.
BANDEIRA, Maria de Lourdes. Antropologia. Diversidade e Educação. Fascículos 3º e 4º, 2º ed. rev. Cuiabá, EDUFMT, 2000.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil; 1999. 11. Ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 1999.
LEI No 10.639, DE 09 DE JANEIRO DE 2003.

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