Mapa das Ações afirmativas no país

Mapa interativo das ações afirmativas nas Universidade públicas do país

O EDUCAFRO (ONG cujo objetivo é é reunir pessoas voluntárias e solidárias que lutam pela inclusão de negros, em especial, e pobres, em geral, nas Universidades Públicas ou Particular com bolsa de estudos, possibilitando seu empoderamento e mobilidade social) lançou essa ferramenta para acompanhamento das Universidades que promovem Ações Afirmativas.

Contribuição de Renato de Alcantara

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Professores Negros no Brasil

PROFESSORES NEGROS NO BRASIL
Ao folhear o livro A cor da escola: imagens da Primeira República, de Maria Lúcia Rodrigues Müller, publicado em 2008 (Entrelinhas/UFMT), é impossível não se emocionar com beleza das imagens de rostos negros e mestiços em posses solenes estampados nas 54 fotos que, mais que ilustram, comprovam presença de professores negros nas salas de aula brasileiras mesmo antes da Abolição da Escravatura. AfinaI, até a professora Lúcia concluir sua pesquisa de doutorado na UFRJ (1998), acreditava-se que a participação dos professores negros no sistema nosso educacional havia começado apenas na década de 1960.
Além de fotos, foram coletados inúmeros textos datados do período da Primeira República (1889-1930) que mostram negros e negraslecionando e ocupando cargos de destaquenas escolas públicas dos estados do Rio de Janeiro e Mato Grosso. A pesquisa revela dois detalhes são importantes: primeiro alunos negros e brancos estudavam juntos e, depois, a maior presença de homens negros nas funções mais de maior prestígio, como a direção de escolas.
No entanto, a pesquisa mostra,também que, a partir da década de 1920, a presença de professores negros foi diminuindo até quase desaparecer, devido às políticas educacionais da época. “Entre 1910 e 1930 ocorreu um processo de branqueamento das posições de prestígio e das salas de aula. Muitos intelectuais achavam que a solução para o desenvolvimento do Brasil era a imigração da população européia. Então, foram criadas regras para afastar os negros” - afirma a pesquisadora em entrevista ao jornal O Globo de 29/11/2008. As regras para exercício da profissão faziam referência à conduta moral, local de residência e aparência saudável da candidata, o que incluía a quantidades de dentes obturados (quatro), e outras exigências que para muitas negras, quase sempre de origem pobre,eram difíceis de cumprir.

(colaboração de Rosemary Granja)

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